Primavera começa neste fim de semana

Confira a previsão do tempo e saiba como se prevenir de doenças que vem junto com a estação

A Primavera ou a estação das flores, como é conhecida no Hemisfério Sul começa neste sábado (23), às 3h50, e termina no dia 22 de dezembro de 2023, à 0h27. Segundo o Prognóstico Climático de Primavera produzido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a estação deve ser de chuvas acima da média no Rio Grande do Sul, em decorrência dos impactos do fenômeno El Niño.  As temperaturas previstas para a estação devem ficar acima da média climatológica.
Segundo a meteorologista Cátia Valente, a instabilidade atmosférica deve se manter. “Seguimos com a mesma atuação dos sistemas de baixa pressão sobre a região e por todo o Estado. Em altitude, os ventos seguem soprando de Norte, trazendo umidade aqui para o Rio Grande do Sul”, explica.
No primeiro dia da estação em 2023, a instabilidade perde força na região. Ainda de acordo com a meteorologista, “o sol consegue aparecer e vai ajudar a elevar bastante as temperaturas: as máximas podem variar de 31ºC a 33ºC, mas a sensação de calor é bem maior”. No domingo (24), as instabilidades voltam a crescer,  com possíveis pancadas de chuva. O calor diminui, pois os ventos em superfície sopram do Quadrante Sul.

Primavera a estação das flores e das alergias respiratórias

Com o início da primavera muitas pessoas notam os sintomas de alergia ao pólen aumentarem. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 30% da população mundial sofre de algum tipo de alergia. No Brasil, entre 10% a 25% da população tem rinite alérgica, segundo dados do Ministério da Saúde. A doença que se manifesta durante a primavera é chamada Polinose, ou também conhecida como rinite alérgica sazonal estacional.
O médico Otorrinolaringologista, Fernando Ranghetti, descreve uma lista de sintomas relacionados à rinite alérgica: “Coriza aquosa, espirros, coceira na garganta e nos olhos, vermelhidão nos olhos, tudo isso são sintomas que retratam a presença de pólen no ar.”
 A rinite é uma reação alérgica ao pólen e outros micro-organismos presentes no ar. Por isso, as vias respiratórias são a parte mais afetada no corpo. Outros sintomas além dos já citados pelo médico, são a dificuldade para respirar, dormir e engolir.
Para o tratamento da doença, existem dois caminhos, o caminho a curto prazo, com o uso de comprimidos ou sprays nasais antialérgicos. Outro caminho é o tratamento a longo prazo com vacinas, chamadas de imunoterapia. Segundo o médico, o principal objetivo desta vacina é reduzir a sensibilidade das pessoas a determinadas substâncias, diminuindo as reações alérgicas e os seus sintomas.
Como Ranghetti explica, “não existe cura para rinite alérgica”. Sendo assim,  é preciso que seja feito um tratamento além da prevenção dos sintomas. O Ministério da Saúde tem uma lista de recomendações para a prevenção das crises de rinite.

Confira a lista:

• O cuidado na limpeza da casa do portador de rinite alérgica é fundamental para diminuir a proliferação dos ácaros;
• Dar preferência aos aspiradores com filtro e usar pano úmido para remover o pó dos móveis e do chão; vassouras e espanadores espalham a poeira e podem piorar ou provocar os sintomas;
• Usar máscaras ao limpar armários e estantes de livros, especialmente quando quem fizer a faxina tiver rinite;
• Manter os ambientes arejados e expostos ao sol durante a maior parte do tempo;
• Na decoração dos ambientes, não usar cortinas, carpetes, tapetes, almofadas ou outros objetos que possam acumular poeira difícil de remover;
• Lavar as roupas de cama pelo menos uma vez por semana e as roupas guardadas há algum tempo antes de usá-las novamente;
• Procurar manter animais de estimação fora de casa e evitar que subam nos estofados ou nas camas onde as pessoas dormem;
• Adotar um estilo de vida saudável com a prática de atividade física, não fumar, beber com moderação e alimentar-se adequadamente. Se algum alimento for responsável por desencadear as crises, eliminá-lo da dieta;
• Tomar bastante água, especialmente se passar muitas horas em locais com ar condicionado;
• Não se automedicar nem seguir as sugestões de curiosos. Ouvir o que um médico especialista no assunto tem a dizer.